Indiciamento de Bolsonaro repercute na imprensa internacional
Amanda Perobelli/Reuters
A imprensa internacional está repercutindo o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tramarem um golpe no Brasil. Em um comunicado nesta sexta-feira (21), a Polícia Federal (PF) comunicou que todos são investigados por crimes como abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa.
De acordo com as investigações, após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022, formou-se uma organização criminosa para tentar manter o então presidente no poder.
A investigação começou em 2023 e foi concluída dois dias após a PF prender quatro militares e um policial federal suspeitos de tentarem matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Veja, abaixo, como os veículos de imprensa internacional noticiaram o indiciamento.
'The New York Times', Estados Unidos
The New York Times repercute indiciamento de Bolsonaro
Reprodução
O jornal "The New York Times" afirmou que as acusações contra Bolsonaro "agravam significativamente os problemas legais" do ex-presidente e demonstram a extensão do que as autoridades afirmam ser uma tentativa de golpe de Estado.
"As autoridades afirmaram que Bolsonaro, junto com dezenas de assessores próximos, ministros e líderes militares, participou de um plano para reverter os resultados das eleições", cita a reportagem.
O "The New York Times" também destacou que Bolsonaro está inelegível até 2030 e enfrenta outras investigações, envolvendo uma suposta fraude no cartão de vacina contra a Covid-19 e o caso das joias.
'The Washington Post', Estados Unidos
Notícia de indiciamento de Bolsonaro no The Washington Post
Reprodução
O jornal "The Washington Post", ao ouvir um professor de ciência política, citou que as investigações enfraqueceram Bolsonaro como líder da direita no Brasil. A reportagem também destacou o envolvimento de pessoas do círculo do ex-presidente na investigação.
"Dezenas de ex-assessores e assessores atuais de Bolsonaro também foram indiciados, incluindo o general Walter Braga Netto, que foi seu companheiro de chapa na campanha de 2022", diz o texto.
G1
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